O amor que tanto procuro
Escrito por Jorge LordelloQua, 20 de Julho de 2011 03:09
Na semana passada, uma amiga quis saber se eu era casado. Eu disse que não. Ela fez uma cara de espanto e logo indagou: "Mas por que ainda não se casou Dr. Jorge?" A resposta foi mais ou menos essa: "Procuro uma companheira para o resto da vida e não para alguns meses ou poucos anos. Quero um casamento à moda antiga, como o dos meus pais e avós. Quando encontrar uma moça com esse mesmo comprometimento, não hesitarei em casar". Para concluir meu raciocínio, contei a seguinte estória: "Meus pais viveram 35 anos casados. Certo dia, minha mãe descia as escadas para preparar o desjejum e sofreu um infarto. Meu pai correu até ela e carregou-a até o carro. Infringindo todas as regras de trânsito, chegou ao hospital mais próximo, mas percebeu que ela já havia falecido. No dia seguinte, após o enterro eu e meus irmãos nos reunimos com ele e num ambiente nostálgico recordando os momentos felizes.
Repentinamente meu pai disse: "Levem-me ao cemitério agora". Dissemos em coro:"Mas pai, são 11 horas da noite". O genitor chorando, bradou: "Não discutam com um homem que acaba de perder a mulher amada". Fomos ao cemitério, pedimos permissão ao zelador e com uma lanterna localizamos a lápide de minha mãe. Meu pai a acariciou, chorou e disse: "Foram 5O anos juntos. Ninguém pode falar de amor verdadeiro se não tem ideia do que é compartilhar um amor assim. Ela e eu estivemos juntos, quando fiquei desempregado e endividado.Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos terminarem os estudos. Nos abraçamos em cada natal e perdoamos nossos erros. Agora ela se foi e estou contente. Sabem por quê? Porque ela se foi antes de mim. Não teve que viver a angústia de me enterrar, de ficar só. Serei eu quem vai passar por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim". Quando meu pai terminou de falar, estávamos todos chorando. Naquela noite entendi o que é o verdadeiro amor a dois".
Estou emocionado, mas tenho que continuar falando da mulher que procuro. Para tanto, reporto a um relato que me foi enviado pela amiga Karina Parras: "Todos os anos, no Dia dos Namorados, o marido enviava a querida esposa rosas vermelhas, atadas com lindos enfeites. O cartão sempre dizia:"Eu te amo mais neste ano do que no ano passado.” No ano em que ele morreu, as rosas foram entregues em sua porta, do mesmo
jeito. O cartão dizia:"Seja minha namorada, como nos anos anteriores."Ela sabia que aquela seria a última vez que as rosas apareceriam, pois imaginou: "Ele encomendou as rosas adiantado".
Um ano se passou e, no Dia dos Namorados, na mesma hora de sempre, a campainha tocou, e lá estavam as rosas, batendo em sua porta. Ela levou um susto e rapidamente pegou o telefone e ligou para a floricultura. O dono atendeu e a viúva em prantos perguntou quem havia feito aquela brincadeira de mal gosto com ela. O dono disse : "As flores que recebeu foram pagas por seu marido e deverão ser entregues nos próximos anos também. Ele deixou tudo pago, adiantado. E tem outra coisa que a senhora deveria saber: Ele escreveu um pequeno cartão especial ... ele fez isso no ano passado, e como eu descobri que ele não estava mais entre nós, coloquei o cartão entre as flores". Ela agradeceu, desligou o telefone,suas lágrimas caíram copiosamente enquanto lia o cartão: "Oi, meu amor! Eu sei que faz um ano que eu te deixei e espero que esteja bem. O amor que nós tivemos fez a minha vida ser maravilhosa. Eu amei você mais do que as palavras podem dizer, você foi à esposa perfeita. Você foi amiga e amante e me deu tudo o que precisei. Eu sei, isto foi há apenas um ano, mas por favor tente não ficar triste. Por isso é que as rosas serão enviadas durante anos.
Quando você recebê-las, pense na felicidade que tivemos juntos e como fomos abençoados. As rosas irão todos os anos, e só não serão entregues quando sua porta não mais atender. Quando o entregador não encontrar ninguém, ele retornará cinco vezes nesse dia, caso você tenha saído, mas, depois desta última visita, quando ele não tiver mais dúvidas, ele levará as rosas ao lugar onde eu o instruí, e colocará as flores onde nós estaremos juntos novamente."
Conheci em Suzano um casal (Orlando Di Genova e Abigail B. Di Genova-Dona Nenê) que retrata essa amor sem limites que procuro tanto.
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